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Bandido Bom é Bandido Morto? O Bordão que Virou Símbolo do Ódio na Internet

 
A frase que viralizou entre extremistas, a agressão no CQC e o debate sobre justiça e violência no Brasil.

O ódio na internet e a agressão no CQC

Em 2015, o programa CQC, da Band, levou ao ar um episódio emblemático sobre o ódio nas redes sociais. No quadro Haters, o repórter Lucas Salles rastreou um homem chamado Pietro, que fazia apologia à violência e comemorava uma chacina ocorrida em Osasco.

O encontro entre o repórter e o hater foi tenso, e ao ser confrontado, Pietro perdeu o controle e agrediu Lucas. A cena ganhou repercussão, evidenciando a crescente radicalização do discurso de ódio no Brasil.

A frase que Pietro usava para justificar sua posição era um bordão comum entre políticos de extrema-direita e "cidadãos de bem": Bandido bom é bandido morto.

O slogan, que há anos circula como justificativa para execuções extrajudiciais e violência policial, reflete um pensamento alarmante que simplifica o debate sobre segurança pública e legitima linchamentos, chacinas e o desprezo pelo devido processo legal.

A banalização da violência e o papel da mídia
O episódio do CQC acendeu discussões sobre o impacto das redes sociais na disseminação de discursos violentos.

A frase "bandido bom é bandido morto" tornou-se um símbolo de pensamento extremista e autoritário, usado para justificar desde ações violentas da polícia até a omissão do Estado diante de execuções sumárias.

Mas o caso também mostrou algo curioso: na delegacia, quando confrontado com a realidade de sua própria violência, Pietro pediu desculpas.

Isso levanta um questionamento essencial: até que ponto esses discursos são fruto de convicção ou apenas uma forma de performar ódio e pertencimento a determinados grupos?

O episódio serviu como um alerta sobre como o ódio virtual pode transbordar para o mundo real, gerando violência e reforçando ideias perigosas que comprometem os pilares democráticos da sociedade.

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