A Mona do Funk: Um Novo Sorriso no Louvre
Era só mais uma tela com moldura dourada no Louvre, entre tantas outras, a Mona Lisa descansava em seu trono, serena, com seu sorriso enigmático que intrigava quem passasse por ela. Até que Tars, o grafiteiro de São Paulo, chega no pedaço com um swing diferente, sacudindo a poeira dos séculos e colocando o funk no coração da arte clássica.
Na visão de Tars, a Gioconda ganha vida nova: sai do quadro, desce até o chão, e vira a Mona do Funk, com seu vestidinho curto, pernas grossas e salto alto, pronta pra enfrentar os paredões de som nas esquinas do Brasil.
A Arte que Conquista Ruas e Corações
Em 2012, essa revolução começou. Tars, armado com sprays e muita audácia, lançou sua versão funkeira da Mona Lisa, não só para provocar ou entreter, mas para questionar: o que é arte, afinal?
A Mona do Funk foi de viaduto em viaduto, de muro em muro, levando o funk para as galerias abertas das cidades, provocando sorrisos e discussões, amores e ódios.
Confronto com a Lei: A Arte no Banco dos Réus
Mas, como todo bom funk que se preze, a arte de Tars também enfrentou resistências. Em Maceió, enquanto grafitava a Mona na passarela da Universidade Federal, a polícia chegou.
Confusão formada, Tars foi detido. "Pichação ou arte?" perguntavam os olhos desconfiados dos passantes. Tars, indignado, defendeu sua criação: "Infelizmente as pessoas aqui ainda não sabem distinguir o que é pichação e o que é arte".
Funk na Arte: Uma Voz para Questionar
E aí que tá o x da questão, mano! O funk da Mona Lisa não é só um desafio ao bom gosto conservador, é um tapa na cara do sistema, uma crítica à rigidez das instituições que definem o que é digno de ser chamado de arte.
Tars, com sua lata de spray, não só pinta paredes; ele desenha questionamentos sobre liberdade de expressão, sobre espaço público e privado, sobre quem tem o poder de dizer o que é belo.
A Mona que Viraliza e Revoluciona
Nas ruas, nas redes, a Mona do Funk viralizou. Virou meme, virou tema de festa, virou discussão em sala de aula. Cada parede pintada é um palco, e cada novo visual de Mona, uma letra de funk que se canta com o corpo.
Tars, em sua arte, mostra que o funk é mais do que um ritmo – é um movimento, é resistência, é a voz do povo que ecoa nos becos e avenidas, subindo até os ouvidos de quem tenta ignorar.
Resistência Artística: Entre Aplausos e Algemas
Mas o bagulho é sério! Ser artista de rua no Brasil é viver na corda bamba, entre o reconhecimento e a repressão, entre o aplauso e o algemar das mãos que só queriam colorir a cidade.
A detenção de Tars em Maceió é só mais um episódio dessa treta, onde o estado tenta enquadrar a arte como delito, enquanto a rua grita seu direito de se expressar.
Um Ícone da Luta Cultural
A Mona Lisa funkeira de Tars é um ícone, não só da arte de rua, mas da luta por uma sociedade mais justa, que reconheça e valorize suas diversas formas de expressão cultural.
Ela dança, ela desce até o chão, ela desafia, ela inspira. Ela é a voz de muitos que não têm voz, de muitos que, como Tars, usam a arte para falar mais alto.
A Dança da Transformação
E assim, a Mona Lisa de Tars, ao som do funk, faz muito mais do que simplesmente sair do Louvre; ela desce até o chão e convida a todos para a dança da transformação.
Quebrando barreiras, questionando preconceitos, Tars e sua Mona Lisa funkeira seguem firmes, mostrando que a arte é, antes de tudo, um grito de liberdade. E que esse grito, no ritmo do funk, é capaz de fazer a Monalisa não só sorrir, mas também dançar.
Referencias
https://www.facebook.com/watch/?v=899119410126772
https://www.alagoas24horas.com.br/1183717/grafiteiro-paulista-da-mona-lisa-funkeira-e-preso-em-maceio/
https://vejasp.abril.com.br/cidades/mona-lisa-funk-tars-sao-paulo
https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2018/10/03/artista-e-detido-enquanto-grafitava-versao-de-mona-lisa-na-passarela-da-ufal-em-maceio.ghtml
https://vejasp.abril.com.br/cidades/mona-lisa-funk-tars-sao-paulo
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