Brinquedoteca: Do Sonho Público à Realidade Comercial
Houve um tempo em que a palavra “brinquedoteca” remetia a um espaço livre, educativo e acessível. Surgida como um ambiente voltado ao desenvolvimento infantil, sua função pedagógica era clara: estimular a criatividade, a socialização e o aprendizado lúdico por meio de jogos e brincadeiras.
As primeiras surgiram em bibliotecas e centros culturais, onde crianças tinham acesso gratuito a um mundo de descobertas. Hoje, esse conceito resiste, mas seu domínio mudou: saiu das instituições públicas e foi parar nos shoppings, onde a diversão virou mercadoria e o brincar tem hora para acabar — e um preço bem definido.
De Direito à Mercadoria: Onde Encontrar uma Brinquedoteca Hoje?
Se antes era comum ver brinquedotecas em escolas, bibliotecas e espaços comunitários, hoje a lógica do consumo as empurrou para lugares onde o entretenimento precisa gerar lucro.
Nos shoppings, hospitais e espaços privados, as brinquedotecas ainda exercem seu papel, mas agora atreladas à conveniência dos pais e ao controle do tempo de permanência.
A essência lúdica resiste, mas a experiência do brincar perdeu parte da liberdade que um dia teve. Resta a pergunta: qual será o futuro desses espaços? Ainda um direito ou cada vez mais um privilégio?
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